amor
Amor
é o sentimento que leva/induz a pessoa a se cuidar, a querer
se dar, cuidar do
outro, da
natureza, de um outro ser vivo qualquer. Ele faz contraponto ao
egoísmo; contrasta com ele quando induz ao cuidado com o
outro,
mas também o complementa, pois Amar é uma
necessidade
egoística.
O amor nos induz à
valorização/manutenção da
vida em geral
(favorecendo a sobrevivência da espécie humana) e
induz e
viabiliza a satisfação da necessidade de Amar
(favorecendo a evolução do indivíduo).
Amar
é se dar incondicionalmente a alguém ou a algo,
sem
exigência de qualquer retribuição,
simplesmente
pelo próprio prazer (ou menor sofrimento) decorrente dessa
atitude - e o prazer (ou redução do sofrimento)
em se dar
só existe quando há amor.
O amor é dito incondicionado porque não exige contrapartida ou retribuição. Entretanto, ele pode ser condicionado no tocante ao tipo e duração do impulso, ou seja, pode ser necessário que determinadas circunstâncias ocorram para que o sentimento se manifeste. A capacidade de amar a vida como ela é, de amar plenamente (a tudo e a todos e continuadamente, independentemente das circunstâncias), é algo a ser conquistado pela pessoa mediante sua evolução.
Onde há amor, há consciência. Ele pode vir antes ou depois dela, mas sempre que houver o amor, haverá o foco no outro e a consequente consciência do outro; e quanto maior for o amor, maior tende a ser essa consciência. É por haver esse grau de consciência que quem ama se alegra (ou sofre) com as alegrias (e sofrimentos) do ser amado. É por isso que quem ama, cuida; quem ama não prende, liberta. Um exemplo: quando ao amor se soma a tristeza pelo sofrimento do outro, o sentimento resultante é a compaixão que nos induz a buscar aliviar/extinguir o sofrimento do outro e assim aliviar/extinguir o próprio sofrimento. Adicionalmente, é da união da consciência com o amor à vida em geral que advém a consciência moral.