roberto pompeu de toledo e a felicidade
Sobre a felicidade, o jornalista Roberto Pompeo escreveu:
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"Os pais de hoje costumam dizer que importante é que os filhos sejam felizes. É uma tendência que se impôs ao influxo das teses libertárias dos anos 1960.
É irrelevante que entrem na faculdade, que ganhem muito ou pouco dinheiro, que sejam bem-sucedidos na profissão. O que espero, eis a resposta correta, é que sejam felizes. Ora, felicidade é coisa grandiosa. É esperar, no mínimo, que o filho sinta prazer nas pequenas coisas da vida. Se não for suficiente, que consiga cumprir todos os desejos e ambições que venha a abrigar. Se ainda for pouco, que atinja o enlevo místico dos santos. Não dá para preencher caderno de encargos mais cruel para a pobre criança."
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"O hábito de as pessoas se cumprimentarem dizendo "como vai?" ocupa breve trecho de um curioso livro lançado recentemente no Brasil, A Euforia Perpétua, do francês Pascal Bruckner (Difel). O livro é sobre esta praga do nosso tempo que é impor a cada um, como máximo padrão de realização, o dever de ser feliz. "Sejam felizes", desejam os pais aos filhos. Mas... Como ser feliz? Como saber o que é ser feliz? Como saber se somos felizes? Qual o critério? A obsessão por esse impossível graal, essa miragem chamada felicidade, impõe um peso difícil de suportar. Mas todos apregoam que ser feliz é o que importa, e de medo de não ser, ou parecer que não se é, responde-se ao cumprimento do amigo recitando: "Vou bem". "