Georg hegel e o sentido da vida
No livro intitulado "A razão na história", o filósofo Georg Wilhelm Friedrich Hegel disse:
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A essência da matéria é a gravidade e a essência do Espírito — sua matéria — é a Liberdade.
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A liberdade de espírito é a própria essência da natureza humana.
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O mundo espiritual é a substância da realidade e o mundo físico permanece a ele subordinado, ou, em termos de filosofia especulativa, não tem uma verdade se comparado ao primeiro.
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A Liberdade em si é o seu próprio objetivo e o propósito único do Espírito.
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A história do mundo representa o desenvolvimento da consciência de liberdade que tem o Espírito e a conseqüente realização dessa liberdade.
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A mais elevada realização do espírito é o conhecimento de si mesmo e não apenas o conhecimento intuitivo, mas um conhecimento racional de si mesmo. Isto ele deve e está destinado a realizar, mas esta realização é ao mesmo tempo a sua queda. É a ascensão de um outro espírito, um outro povo da história do mundo, uma outra época dessa história.
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A percepção, que é a compreensão do ser através do pensamento, é a fonte e o local de nascimento de uma nova forma espiritual, mais elevada, cujo princípio é parte preservador e parte transfigurador de sua matéria.
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... a história do mundo representa as fases no desenvolvimento do princípio cujo conteúdo é a consciência da liberdade...a primeira etapa é a imersão do Espírito na vida natural e a segunda, a saída para a consciência de sua liberdade. A terceira etapa é a elevação da alma desta ainda especial forma de liberdade para a pura universalidade da liberdade, onde a essência espiritual chega à consciência e ao sentimento de si mesma.
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O princípio do desenvolvimento implica que isso esteja baseado em um princípio interior, uma potencialidade pressuposta, que se esforça por existir. Essa determinação formal é essencialmente o Espírito — cujo cenário, cuja propriedade e cuja esfera de realização são a história do mundo... o Espírito começa com sua possibilidade infinita, mas apenas possibilidade — com seu conteúdo absoluto em uma forma subdesenvolvida, como seu objetivo e meta, que só atinge em resultado de sua atividade. Somente neste momento, e apenas neste momento, é que o Espírito atingiu a sua realidade. Assim, a existência, progresso, aparece como um avanço a partir do imperfeito para o mais perfeito. Mas o primeiro não deve ser tomado apenas em abstração, como o simplesmente imperfeito e sim, como o que ao mesmo tempo contém o seu próprio oposto como germe, o chamado perfeito, um impulso dentro de si mesmo. Da mesma maneira, pelo menos em pensamento, a possibilidade aponta para algo que deverá tornar-se real — mais precisamente, a dynamis aristotélica também é potentia, poder e força. Assim, o imperfeito, sendo o oposto de si em si, é sua própria antítese que por um lado existe mas, pelo outro, é anulado e dissolvido. Ele é o impulso da vida espiritual em si, o anseio para romper o envoltório da natureza, da sensualdade, de sua alienação, e atingir a luz da consciência — ou seja, de seu próprio eu.