dalai lama e o processo decisório
No livro "Uma ética para o novo milênio", o Dalai-Lama escreveu sobre como deve se dar o processo decisório do ser humano:
"A
constatação de que emoção e
consciência não são a mesma coisa mostra que
não temos de forçosamente ser controlados pela
emoção. Antes de cada uma de nossas ações
é preciso que haja um espaço para avaliarmos as
alternativas e escolher com liberdade a melhor maneira de atuar.
É evidente que, enquanto não aprendermos a disciplinar
nossas mentes, teremos dificuldades para exercer essa liberdade. E
é a maneira como reagimos aos acontecimentos e
experiências que determina o conteúdo moral de nossos atos.
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De acordo com essa visão, podemos pensar na mente ou na
consciência como um presidente ou monarca que é muito
honesto e puro e em nossos pensamentos e emoções como
ministros de Estado. Alguns têm o bem estar dos outros como seu
objetivo principal, outros têm apenas seus próprios
interesses. A responsabilidade da consciência - do líder -
é determinar quais são os subordinados que dão
bons conselhos e quais são os que dão os maus, quais
são confiáveis e quais não são, e agir
segundo a orientação de um dos lados, rejeitando a do
outro.
Os episódios mentais e emocionais que, nesse sentido, dão
maus conselhos, podem ser descritos como uma forma de sofrimento.
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Nem todos os sentimentos ou emoções que nos causam
desconforto, porém, são necessariamente negativos. O
atributo primário que distingue as emoções comuns
daquelas que minam a paz é o componente negativo que lhe
acrescentamos. Um momento de tristeza não se converte em dor
paralisante a menos que nos agarremos a ele e lhe acrescentemos
pensamentos e fantasias negativos."