a evolução e o sofrimento
A
evolução se dá pelo amor e pelo
sofrimento. O
sofrimento existe para nos alertar de nossos erros e para nos lembrar
da finitude desta vida e, como a caminhada rumo à
perfeição é infinita, ele sempre
existirá.
O sofrimento da pessoa tem basicamente duas origens:
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A insatisfação com o atendimento das próprias necessidades;
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A percepção do sofrimento do outro.
Com a
evolução da pessoa ocorrem mudanças de
foco nas
necessidades e aumenta a consciência do outro, com reflexos
nas
causas/motivos de sofrimento conforme as seguintes
seqüências:
1ª
Fase
2ª
Fase
3ª Fase
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Material Racional Espiritual
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Indivíduo Grupo Todo
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Ter Ser Amar
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Competição Cooperação Doação
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Consciência do Ter Consciência do Eu Consciência do Outro
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Sofrimento Próprio Sofrimento do Outro
DETALHAMENTO DAS
FASES
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1ª Fase - nesta fase a satisfação com o atendimento das próprias necessidades é passageira (a pessoa tem apenas momentos de felicidade) e a pessoa fica mais sujeita ao sofrimento; por outro lado, a percepção do sofrimento do outro é mínima e geralmente não é fator determinante no sofrimento da pessoa. Na dimensão do Ter, tanto o prazer quanto o sofrimento são muito intensos (formando um contraponto, onde um valoriza o outro), o que induz a pessoa à crença equivocada de que é preciso sofrer para ser feliz (de que a felicidade é constituída de um ciclo interminável de tempestades e bonanças).
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2ª Fase - nesta fase as causas do sofrimento tendem a ser igualmente divididas entre a insatisfação com o atendimento das próprias necessidades e a percepção parcial do sofrimento do outro.
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3ª Fase - nesta fase a satisfação com o atendimento das próprias necessidades tende a ser completa, a pessoa tende a ser feliz (felicidade continuada). Entretanto, o sofrimento permanecerá presente, pois continuarão existindo as causas relacionadas à finitude da vida e, principalmente, haverá uma percepção total do sofrimento do outro. Como a pessoa já terá sabedoria suficiente para lidar com as questões relacionadas à finitude da vida, a percepção do sofrimento do outro passará a ser a causa predominante no sofrimento da pessoa.
Do
acima exposto, verifica-se que:
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A maior felicidade ao alcance do ser humano está na satisfação com o atendimento das próprias necessidades, pois não está ao seu alcance fazer com que o outro se sinta satisfeito com o atendimento das dele (pode apenas facilitar) e a percepção do sofrimento do outro é inerente ao processo evolutivo (não pode ser evitada).
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Embora o sofrimento seja inerente ao processo evolutivo, ele não é parte da felicidade (apenas compõe juntamente com ela o processo evolutivo) e não precisa ser buscado.