livre-arbítrio

O livre-arbítrio é a liberdade/capacidade de escolha consciente. O ser humano tem o livre arbítrio porque tem consciência, pois é da percepção de si e do contexto que advém a possibilidade de duvidar e escolher, de ter participação ativa nos fatos, de ser proativo e não apenas reativo.

O verdadeiro exercício do livre-arbítrio está nos excessos e faltas no tocante à essência, no agir de acordo com a razão, mas em desacordo com o instinto e a intuição, pois a decisão que confirma a reação emocional instintiva/intuitiva apenas interpreta e ratifica a escolha do destino, mas não o muda, o que torna a fase racional totalmente dispensável, pois a pessoa chegaria ao mesmo ponto fazendo uso apenas do instinto e da intuição. É na capacidade de duvidar do seu instinto e da sua intuição e na liberdade para tomar  decisões conscientes em desacordo com eles que reside  o livre-arbítrio do ser humano.

Na evolução pela aceitação, a pessoa precisa apenas deixar a vida fluir naturalmente, deixar que o destino se cumpra, ou seja, ela precisa apenas agir em consonância com a sua essência (com o seu instinto e sua intuição), não exercer a opção do livre-arbítrio. Na evolução pela ação, a pessoa busca conquistar/evoluir mais do que o destino lhe reserva e, portanto, precisa fazer acontecer, participar ativamente do processo, buscar o conhecimento e exercer o livre-arbítrio.

Para exercer o livre-arbítrio é preciso sabedoria, pois é além dos limites da essência que residem os sofrimentos desnecessários a que o seres humanos se submetem rotineiramente e que tanto dificultam a conquista da felicidade e da evolução. Verifica-se , portanto, que é preciso muita sabedoria no exercício do livre-arbítrio, ou seja:

  1. A pessoa deve ser prudente ao assumir a direção do processo evolutivo e se manter na zona limítrofe à essência, pois um passo maior do que as pernas, mesmo quando dado na direção correta, sempre causa grande sofrimento e não resulta em evolução, pois a pessoa não sente que fez a coisa certa, sente que cumpriu uma obrigação. A evolução deve ser conquistada passo-a-passo, sem confrontar a essência, sem se afastar da zona de conforto, para que eventuais sofrimentos sejam pequenos e possam ser compensados pelas conquistas.

  2. A busca da direção correta deve ser uma constante, sem o que o esforço tende a ser pouco frutífero e a relação conquista/sofrimento pode vir a ser desfavorável.