autocompreensão


Autocompreensão - relacionado ao porque de ser como se é, a compreender porque se tornou a pessoa que se é.

A autocompreensão  resulta basicamente de:

  1. Conhecimento do processo que leva as pessoas a serem como são;

  2. Ilustração do processo com a própria vivência e a de terceiros, especialmente de referências.

O conhecimento do processo é essencial para que:

  1. A pessoa se sinta motivada a buscar o autoconhecimento, a desenvolver o hábito de identificar os desejos, pensamentos e sentimentos que direcionam seu comportamento;

  2. Ela passe a questionar (duvidar de) desejos, crenças e sentimentos que lhe são desfavoráveis/inadequados, e que dificultam o seu desenvolvimento e evolução;
  3. Ela possa reconhecer e desativar os mecanismos de defesa que buscam perpetuar esses desejos, crenças e sentimentos;

  4. Progressivamente, ela possa substituí-los por desejos, crenças e sentimentos que lhe sejam favoráveis/adequados;
  5. Progressivamente, ela possa, em decorrência da mudança na maneira de pensar, mudar seus desejos e a forma de sentir e agir.

A ilustração do processo é importante para:

  1. Desenvolver a convicção sobre a validade do  processo conhecido, pois sem ela o conhecimento tende a não alterar a maneira de pensar, e tende a prevalecer os mecanismos de defesa;

  2. Facilitar o autoconhecimento e a autocompreensão.

Quanto melhor o conhecimento do processo e maior a quantidade de eventos a ilustrá-lo, melhor a compreensão de si e do outro e mais fácil promover mudanças no comportamento.

Ao nascer, a criança se ama, se sente perfeita, apta para viver esta vida, para sobreviver, amar e ser amada, pois é perfeita como criação. Não tem medo de fracassar. Quando nasce, ela tem instinto e intuição: o instinto a guia na busca da sobrevivência e da intuição advém o amor-de-si, que a induz a cuidar de si, a buscar evoluir e ser feliz. Entretanto, com o desenvolvimento da razão, já não lhe será suficiente se sentir apta para viver esta vida, ela precisará também acreditar ser apta.

Qualidades e defeitos são frutos do desenvolvimento (crescimento) da pessoa e do livre-arbítrio: a pessoa busca sempre o que acredita ser o melhor para si, mas, devido às suas limitações (especialmente na infância) e as impostas pelo contexto, acaba por desenvolver alguns defeitos, frutos de desejos e/ou crenças e/ou sentimentos inadequado(s). Ninguém é perfeito. A pessoa com autoestima equilibrada, aceita suas imperfeições com naturalidade, se vê pelas suas qualidades, acredita que errar é humano e reconhece os erros sem problema, busca repará-los sempre que possível, não se deixa abalar por eles e procura não repetí-los. Mas, quando a pessoa não se compreende, ela tende a não se aceitar, em decorrência de seus defeitos, e a desenvolver a crença na sua inaptidão para viver uma vida feliz.

O resgate/desenvolvimento da crença na própria aptidão para viver, passa pela autocompreensão: sem ela a pessoa tende a continuar perdida.

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